Do ouro ao Som: A História viva do nosso palco

Um Porto que Moveu Impérios

Em Paraty, a história não é só algo que se aprende — é algo que se sente. Ela vive nas pedras do calçamento, nas igrejas antigas, nos muros marcados por gerações. E bem ali, à beira d’água, ela pulsa na Praia do Pontal. Antes espaço de troca e movimento, hoje é o cenário de algo completamente diferente: um festival de música com os pés na areia e força na coletividade.

Essa praia já viu de tudo ao longo dos séculos. Agora, faz parte de algo novo.

De Praia Silenciosa a Símbolo Cultural

A poucos minutos do centro histórico de Paraty, a Praia do Pontal já foi mais do que uma faixa calma de areia. Nos séculos XVII e XVIII, teve um papel importante na economia colonial do Brasil. O ouro que saía das montanhas de Minas Gerais precisava chegar ao mar — e Paraty era esse caminho.

Para isso, foi aberto o Caminho do Ouro, cortando mata fechada e morros íngremes. Era uma trilha difícil, cheia de curvas e lama. No fim dela, os navios ancoravam na Praia do Pontal, prontos para levar aquela riqueza para o outro lado do oceano.

O Caminho do Ouro não é apenas parte de um livro de história — ele carrega o peso de quem o tornou possível. Povos indígenas e africanos escravizados foram forçados a cruzar esse trajeto íngreme e enlameado, carregando cargas pesadas em condições quase impossíveis. A presença, a força e a luta dessas pessoas fazem parte da história desse lugar — lembradas e respeitadas, aqui, onde tantas jornadas chegaram ao fim.

A Praia do Pontal não era só um ponto de partida — era um centro de poder e movimento. Ainda dá pra ver o Forte Defensor Perpétuo vigiando a baía do alto, construído para proteger os carregamentos de ouro contra piratas e invasores. Se estiver em Paraty, vale a caminhada. A vista é incrível — e a história está ali, em cada pedra.

Com o tempo, a corrida do ouro acabou. Novas rotas surgiram. Paraty mudou. Os navios se foram — mas a praia ficou para que novas histórias sejam feitas em sua areia.

Hoje, a Praia do Pontal não gira mais em torno de comércio ou conquista. Ela gira em torno de gente. Virou espaço de encontro, de criação, de vida que acontece.

O movimento continua — mas de outro tipo. Famílias sob as amendoeiras. Crianças brincando na areia. Barcos balançando na beira. Jovens criativos com violões, câmeras e cadernos de desenho. A vibe é local, mas a energia é aberta. A história não saiu — só mudou o ritmo.

E nesse novo ritmo, surgiu outro tipo de ouro: música, comunidade e liberdade criativa.

Onde o Palco Encontra o Mar

Quando o Festival Tollosa ocupa a Praia do Pontal, algo muda. O que antes foi ponto de exportação vira palco de expressão. A mesma areia que já recebeu caixotes de ouro agora vibra com linhas de baixo, riffs de guitarra e vozes de um público que veio por algo além do entretenimento — veio pra fazer parte de algo real.

O Tollosa não é feito de megaestruturas nem de promessas vazias. Ele acontece quando as pessoas chegam com verdade. Quando os artistas tocam não por status, mas por significado. Quando o festival é construído em conjunto — de baixo pra cima.

O palco olha pro mar. O som é original e verdadeiro. Bandas de todo o Brasil trazem suas histórias e sua pegada — O Tollosa é movido por amor a música, suor e pela busca infinita pelo novo.

O Forte Ainda Está de Pé. E a Gente Também.

Lá do alto, o Forte Defensor Perpétuo ainda observa a baía. As pedras estão gastas, mas ele continua firme. E, de certo modo, ele reflete o que está rolando aqui embaixo.

Se um dia esse forte foi construído pra proteger o ouro, o Tollosa existe pra proteger algo tão valioso quanto: a voz, a cultura e a liberdade de ser quem se é.

Não precisamos de muralhas pra proteger a cena — temos pessoas. Artistas, produtores, coletivos, jovens da cidade, e ativistas. Gente que aparece não por status, mas por significado. Pelo que importa.
Somos nós que seguramos esse espaço agora — e mantemos ele vivo.

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